quinta-feira, 28 de julho de 2016

Grandes livros para pequenos leitores #14 - Posso espreitar a tua fralda?

Há umas semanas fui ao centro comercial durante a minha hora de almoço com o objetivo de comprar 1 livro. Um livro em mente que queria ter já (falarei dele depois). Cheguei lá, perguntei pelo dito. Não o encontraram de imediato. Enquanto esperava, "tropecei" no "Adivinha o quanto eu gosto de ti", que também está na minha lista. Acabei por não comprar o livro que me fez ir até lá. Decidi comprar este último, não podia comprar os dois. Já com o cartão multibanco na mão para o pagar, deparo-me com este:


Folheei-o rapidamente e pensei: Estou tramada! O outro já estava na minha mão, o pagamento estava prestes a ser efetuado, estava sem tempo para reflexões, escolhas e exclusões. Comprei os dois (compra por impulso pura).
Hoje, teria optado por comprar apenas este (o outro ficaria para depois), porque para além de divertido é bastante adequado à fase do desfralde e um verdadeiro incentivo à utilização do bacio. Achei o livro engraçado, mas não pensei logo na força das suas potencialidades. Quando o leio, faço uma voz diferente para cada personagem com muita mímica e com muitas expressões faciais à mistura. O miúdo participa sempre na leitura, uma vez que o livro tem abas e cada vez que um animal concorda em mostrar a sua fralda ao ratinho, lá vai ele levantar e espreitar a fralda de mais um animal. Rimo-nos muito. Ele nunca se contenta com a primeira leitura do livro, pede-me sempre para o ler "outra vez".
Nunca lhe disse que tinha de ser como o ratinho (o ratinho é o único animal que não tem cocó na fralda). Por coincidência ou não, aos poucos, começou a andar sem fralda (primeiro, por iniciativa nossa; agora, por vezes, diz que não quer a fralda; julgo que a fralda já o incomoda). Já fez chichi na rua (teve mesmo de ser), já utilizámos casas de banho públicas para as duas hipóteses (detesto), já tivemos descuidos. Nunca ralhamos quando estes acontecem. Na maioria das vezes corre bem, apesar de correr muito melhor quando está connosco.
O ano passado tentámos o desfralde, na medida em que ele avisava quando fazia cocó. Mas não houve uma continuidade (na nossa casa andava sem fralda, na casa da Ama não) e os descuidos eram muitos. Não insistimos, ele nem dois anos tinha e achamos que talvez não estivesse preparado (nem ele, nem nós). Este ano, acho que estamos todos preparados. Este livro é muito recente e foi um verdadeiro achado nesta altura. É o nosso companheiro na aventura do desfralde. Terá um lugar especial na nossa lembrança por isso.

Texto e ilustrações de Guido Van Genechten, da Editora Minutos de Leitura.

Em jeito de conclusão:
Sempre pensei que só o poria no bacio depois dos 2 anos e no Verão: ele faz anos no final de Setembro, logo só na Primavera/no Verão seguinte é que iniciaríamos as andanças do desfralde - com 2 anos e meio/ 3 anos. A Pediatra, baseada nos sinais que o miúdo nos ia dando (descritos acima) e sem qualquer pressão, sugeriu que experimentássemos o bacio no Verão em que ele tinha um ano e tal. Não interiorizei muito bem esta ideia e não houve grande empenho no desfralde nesta altura. Acabou por deixar a fralda com dois anos e tal (no ano em que comprei este livro). Por um lado, desconfio que se houvesse mais empenho e insistência da nossa parte ele deixaria antes; por outro acho que foi na altura certa, aconteceu de forma mais natural para ele. Pouco tempo depois de fazer os 3 anos deixou de querer fralda à noite. Isto trouxe-nos muitos lençóis molhados em noites de Inverno, mas foi a vontade dele, com choro pelo meio sempre que insisti no uso da fralda à noite. Respeitei a sua vontade.

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